Saiba tudo sobre acidentes com cobras no país!

No Brasil há cerca de 380 espécies de serpentes e apenas 62 espécies são peçonhentas. O maior número de acidentes ocorre com o grupo Bothrops (Jararacas), cerca de 90%, que também é o grupo que possui mais espécies espalhadas pelo território nacional.

Raramente ocorrem acidentes com serpentes em trilhas, mas usar calçado fechado e de cano alto é um cuidado que se deve tomar.

Nem sempre o acidente é fatal, porém a vítima deve ser socorrida para o hospital o mais rápido possível, mas geralmente responde bem ao tratamento com soro antiofídico dentro de um período de até 10 horas.

Entre as serpentes peçonhentas, existem quatro grupos no país, com soros antiofídicos específicos:
Bothropos (Jararacas) – Soro Antibotrópico
Lachesis (Surucucus) – Soro Antilaquético
Crotalus (Cascavéis) – Soro Anticrotálico
Elapidae (Corais) – Soro Antielapídico
Há também os Soros Antiofídicos Combinados, na região Amazônica há o soro antibotrópico-laquético (contra picadas de jararacas e surucucus, pois a ação do veneno de ambas é semelhante); já na região Sul, Sudeste e pequena parte do Centro-Oeste há o o soro antibotrópico-crotálico (contra picadas de jararacas e cascavéis, pois são os acidentes mais comuns)

Apenas uma equipe médica poderá realizar o tratamento com soro antiofídico.

E como identifica se uma serpente é peçonhenta ou não?
Se você acha que o que aprendeu na escola como cabeças triangulares ou redondas irá ajudar, pode esquecer. A Jiboia, serpente não peçonhenta possui cabeça triangular e a Coral Verdadeira, serpente peçonhenta, possui cabeça arredondada.

A melhor forma de identificar é através de uma característica importante em comum: a fosseta loreal (sensor térmico para identificar a presença de outros animais, orifício entre o olho e a narina), com exceção do grupo das corais (‘verdadeiras”) que não possuem esse orifício.
Então é impossível identificar uma cobra coral peçonhenta de uma não peçonhenta pela fosseta loreal ou pela cor, que são listras vermelhas, pretas e brancas e algumas vezes amarelo no lugar do branco e ainda podem assumir coloração única preta ou vermelha ou listrada de preto e vermelho, portanto considere todas as cobras corais peçonhentas. Apenas um especialista no assunto saberá identificar.

As serpentes apresentam variação de desenhos e cores (principalmente as Jararacas), geralmente as mudanças ocorrem de acordo com a região onde vivem.

O que DEVO fazer em caso de acidente?
– Manter a calma: a pessoa que foi picada e os demais ao redor
– Lavar o local da picada com água ou com água e sabão (higienizar para evitar infecção secundária)
– Retirar calçados ou adereços apertados, pois dependendo da serpente poderá ocorrer inchaço
– Manter a pessoa que foi picada deitada com o membro atingido elevado
– Procurar o serviço médico o mais rápido possível

O que NÃO DEVO fazer em caso de acidente?
– Não fazer torniquete ou garrote
– Não cortar ou perfurar ao redor do local da picada
– Não sugar o local da picada com a boca e nenhum tipo de aparelho
– Não colocar folhas, pó de café ou outros contaminantes na ferida
– Não oferecer bebidas alcoólicas ou outros tóxicos à vítima

Quais são os sintomas da picada de cobra?
Os sintomas variam de acordo com o as toxinas presentes em seu veneno.

Acidente Botrópico (Jararacas)
– Dor e inchaço no local da picada, às vezes com manchas arroxeadas e sangramento pelos orifícios da picada
– Sangramentos nas gengivas, pele e urina; ou coagulação do sangue se a picada for causada por filhote
– Pode evoluir para infecção e necrose na região da picada e insuficiência renal

 

Acidente Laquético (Surucucus)
– Dor e inchaço no local da picada, às vezes com manchas arroxeadas e sangramento pelos orifícios da picada
– Sangramentos nas gengivas, pele e urina
– Pode evoluir para infecção e necrose na região da picada e insuficiência renal
– Vômitos e diarreia
– Queda da pressão arterial

 

Acidente Crotálico (Cascavéis)
– Não há dor no local da picada
– Pálpebras caídas, com aspecto sonolento
– Visão turva ou dupla
– Dores musculares generalizadas
– Urina escura

 

Acidente Elapídico (Corais)
– Sem alteração importante no local da picada
– Visão borrada ou dupla
– Pálpebras caídas e aspecto sonolento
– Sensação de adormecimento ao redor da picada após 1 ou 2 horas do acidente

 

Assistam a entrevista do Celso Cavallini com o diretor do Instituto Butantã, Giuseppe Puorto, esclarecendo diversas dúvidas sobre picadas de cobra. Clique aqui!

 

Fonte:
http://butantan.gov.br
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