8 Frutas brasileiríssimas, que você pode encontrar na Mata Atlântica

Quando estamos caminhando por trilhas, às vezes, encontramos árvores frutíferas, principalmente se a localização for em fazendas, que hoje são áreas de proteção.

Muitos perguntam se são árvores nativas, algumas sim, mas outras foram inseridas há séculos em nossa flora. Trazidas de outros países pelos navegantes portugueses, principalmente do sul Asiático e da África, que possuem climas tropicais, como o Brasil.

Existe em torno de 312 frutas de origem brasileira, mas apenas cinco delas são comercializadas em larga escala: abacaxi, cacau, caju, goiaba e maracujá.

Na cultura brasileira foi inserido um sentimento bem forte de valorizar mais as “coisas de fora” do que as nativas e isso é bem claro no caso das frutas também. Quantos de vocês conhecem maçã, pera, banana, mamão, laranja, mexerica, melão, manga e jaca? Acreditem, nenhuma delas é originária do Brasil!

Tenho certeza que você nunca ouviu falar de algumas frutas aqui listadas e que são nativas da Mata Atlântica!

 

Araçá (Psidium cattleyanum): encontrada principalmente na restinga e nas bordas da floresta Ombrófila Densa, o araçá possui várias espécies. Em Tupi, o significado do seu nome é “planta que tem olhos”, em alusão às suas sépalas. É muito parecido com goiaba no sabor, mas um pouco menor. Frutifica entre Janeiro e Fevereiro, mas também pode ocorrer na primavera.

 

Cabeludinha ou Jabuticaba Amarela (Myrciaria glazioviana):  abundante nas serras litorâneas e restingas, principalmente em São Paulo, Rio de Janeiro e parte de Minas Gerais. Possuem cor amarelo-alaranjada, são bem adocicados e levemente ácidos, aveludados com o tamanho pouco maior que a jabuticaba. Frutifica de Outubro à Dezembro.

 

Cambucá (Plinia edulis): é uma árvore endêmica do Brasil e era comum na faixa litorânea de Mata Atlântica dos estados da Bahia, Espírito Santo e Rio de Janeiro, mas hoje é rara. Seu nome vem do Tupi e possivelmente significa “Fruto de Mamar”, devido sua polpa ter que ser sugada da casca. Assim como a jabuticaba, os cambucás também nascem grudados no tronco, são arredondados e achatados nos polos, tem a casca lisa, com sulcos de leve relevo longitudinais e coloração amarelo-alaranjada. Sua polpa é suculenta e seu sabor, que lembra o da jabuticaba, é intenso e de um agridoce balanceado. Dizem ser a fruta mais saborosa da Mata Atlântica. Frutifica em Janeiro e Fevereiro.

 

Cambuci (Campomanesia phaea): endêmico da Mata Atlântica ocorre em São Paulo, Rio de Janeiro e parte de Minas. Era muito comum na cidade de São Paulo, que até emprestou seu nome para um bairro. Nome esse de origem Tupi, que também era usado para um pote de barro com o mesmo formato, parecido com um “disco voador”. Perfume adocicado, mas seu sabor é azedo como limão. Pode ser consumido in natura, mas o mais indicado é para compotas sucos e doces. Claro que para fazer uma boa caipirinha e também para colocar na cachaça para curtir.

 

Grumixama (Eugenia brasiliensis):   endêmica das matas primárias aluviais e de encostas suaves da Mata Atlântica, desde a Bahia até Santa Catarina, raramente encontrada na natureza, mas quem mora em São Paulo, pode ver dois pés enormes na frente da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP, no Jardim Botânico, na Casa Modernista da Vila Mariana e no Parque do Pico do Jaraguá. A origem do seu nome vem do Tupi e significa “fruto escuro”. Possuem três variedades, a anã, a amarela e a grande. Parecida com uma cereja, tem cor roxa escura e o gosto é uma mistura de pitanga com jabuticaba. Frutifica em Dezembro.

 

Jabuticaba (Myrciaria cauliflora ou Plinia peruviana): o significado de seu nome em Tupi é “Fruta em Botão” ou “Lugar de Jabuti”, dependendo da vertente de estudos. No Brasil, é encontrada na Bahia, Pernambuco, Paraíba, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Espírito Santo, Paraná, Santa Catarina, Goiás, Distrito Federal e Rio Grande do Sul. Mais comum em planícies aluviais de beira de rios e em baixadas da mata pluvial e das submatas de altitude, principalmente de pinhais; é rara na mata primária sombria. Trata-se de um fruto redondo, que nasce grudado no tronco da árvore. Uma bolinha preta-arroxeada e doce. Frutifica entre Agosto e Setembro e de Janeiro a Fevereiro.

 

Pitanga (Eugenia uniflora L.):  nativa da Mata Atlântica, encontrada na floresta semidecidual do planalto e nas restingas, desde Paraíba até o Rio Grande do Sul em regiões de clima subtropical. Seu nome tem origem Tupi e significa “Fruto avermelhado”. O fruto é uma bolinha pequena, achatada nos polos e cheia de “gominhos”, a cor vermelha é a mais comum, mas também existe a amarela e a preta. Possui um sabor marcante agridoce. Pode ser consumida in natura, em sucos ou geleias. Frutifica de Outubro a Janeiro.

 

Uvaia (Eugenia pyriformis): é nativa do Brasil e típica de florestas ombrófilas densas, florestas estacionais semideciduais, mata ciliar, caatinga e cerrado. A origem do seu nome vem do Tupi e significa “Fruto azedo, ácido”. O fruto é arredondado e de cor amarela, com pele macia. É bastante azedo, mas com um cheiro doce. Pode ser consumido in natura, mas o ideal é para suco, compotas e doces. Nesse caso também é ótimo para uma caipirinha ou para curtir na cachaça. Frutifica de Setembro a Janeiro.

Agora que você conhece algumas das 312 frutas brasileiras, preste atenção nas trilhas! Quem sabe você encontra alguma!

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